quinta-feira, dezembro 24, 2009

Essas previsões...


A MC está decepcionada com a Susan Miller, mas acredita que todo mundo tem direito de errar, mesmo que duplamente



Aquarius : AstrologyZone's December Horoscope : Astrology Zone: "Jupiter is now winding down a full year in your sign, considered the very best placement for finding true love. If you are single and met someone new in 2009, your chances of success together are very strong. If you're single and looking, the holiday season would be perfect for mixing and mingling. You must do so! Jupiter won't be back for many years, so this is your chance to meet that special someone. If you were born from February 9 to 18, you are doubly lucky this month."


HAHA







Mulherzinha

Viu Bridget Jones na madrugada. E, na insônia, antes do pesadelo, só pensou que uma resolução sensata era não se transformar na Bridget Jones do início do filme.

Nunca entendi

Por que é que não é dado a quem toma as decisões o direito da fossa? Da saudade? Do aperto?
Engole-se seco, porque o outro torna-se latifundiário de qualquer tipo de tristeza. Sobram o riso, a alegria e a eloquência nervosa, mesmo que não se queira.

É, Noel...

quinta-feira, dezembro 03, 2009

Mulherzinha

A MC não vai comprar seu novíssimo laptop porque a Susan Miller , que nunca erra, disse qué é melhor esperar passar 16 de janeiro.

Primeiro balanço

Flores anônimas chegam em casa*. Ui Ui. Tudo indica um novo romance que você nem esperava, alguém querendo te conquistar, imagina?
Mas não, só o que você pensa é que quem quer que seja o infeliz que comprou essas flores tem péssimo gosto: elas têm cheiro de enterro.

*as flores eram compradas por uma moradora da casa. péssimo gosto. quem é que dá enterro de presente pra alguém?

segunda-feira, novembro 16, 2009

Sabia que a urgência de se libertar dos olhares ininterruptos da família não era algo que acometia todos os seres humanos. Ainda assim, no fundo, tinha certeza de que existia uma razão para as pessoas saírem da casa dos pais quando os relacionamentos ficassem sérios. Não por nada, mas nem que o motivo fosse poupar a família da intimidade indesejada de saber que um ser que deveria ser tímido _e nunca é_, naquele exato minuto, corta as unhas do pé NO SEU BANHEIRO.

- E a MC, hein?
- Nunca mais ouvi falar, sumiu...
Choro. Soluço
- O que houve? O que eu disse? Você brigaram?
- Ah, ela não suportou o barulho do cortador de unhas do pé do cunhado
Choro. Soluço

quarta-feira, novembro 11, 2009

Mulherzinha contemporânea à luz de velas

A MC ficou tranquila na hora do apagão. O laptop tinha 7 horas de independência e a internet ela usava do celular. Mas o abraço, no escuro, à luz de uma só vela, ganhou.

SShhhh

O apagão de ontem fez voltar o silêncio. Esse que todo mundo acha que encontra em bairros mais tranquilos. Era silêncio absoluto: nenhum motor de geladeira, ar condicionado, ventilador ou coisa que o valha funcionando; pessoas falando baixinho. Era como se a falta de luz, as lanternas e as velas que iluminavam o estritamente necessário apertassem o botão de diminuir o volume das vozes, de deixar mais lento o ritmo das falas.

De repente, passado o susto, parecia mais importante entender intervalos de respiração, tons de fala, pesos de passos, intensidade de toques. Como era mais importante do que o quê, porque a falta de luz deu espaço para a entrelinha, para o não-dito, para o colo do "nada a fazer". E o que é mais importante que isso mesmo?

Deu foi uma saudade imensa do silêncio. Um que não existe mais nem nas noites de sono mais profundo. O silêncio que se escuta e dá calma, sensação de plenitude até. Deu vontade de ter a terceira insônia seguida, pra ouvir o silêncio, pra impedir que os barulhos ensurdecedores da madrugada, o volume máximo dos amplificadores do sonho viesse atormentar mais uma noite de não descanso.

sexta-feira, outubro 30, 2009

Machista

Nem me venha com coração. Mulher tem é útero.
Foi a MC que disse, não eu.
bundinhas de fora

os primeiros dias azuis dão felicidade eterna. depois passa, o calor dá preguiça.

quinta-feira, outubro 29, 2009

Mulherzinha Contemporânea

A MC, no verão, adora ouvir o barulhinho do celular com uma mensagem bonita. Mas preferia mesmo ir ver o por do sol nos dias quentes.

No inverno é um pouco mais cedo

Naquela hora da tarde em que a luz é tanta na rua e tão pouca do lado de dentro, aquela hora em que todos ficam cegos e a vontade é ir pra casa, ficar em casa lendo um livro, em silêncio, tinha as maiores revelações. O maior medo, afinal, era do sempre inevitável e inescapável adeus _que seria obrigada a suportar outras tantas vezes. "Então, tá, vida que segue". É sensato, mas aperta forte.

terça-feira, outubro 27, 2009

Trilha sonora

Descobria-se, naquele instante, tardiamente, antimusical.
Não como João Cabral, que dizia não gostar da música e preferir o silêncio. Gostava da música, do ritmo, da melodia. Era até afinada para o que sabia.
Gostava mesmo de saber as palavras das letras. Tinha preferência pelas melodias, que sugeriam as palavras não ditas, que tinham uma fala ali, esperando para ser encaixada.
Quis livros com trilhas sonoras, mas não as saberia compor, muito menos escolher, só acompanhar, fechando os olhos, lenta, em alguns segundos.
Era, enfim, só palavras.
Mini-mulherzinha contemporânea

*Veio de uma MC que, volta e meia, diz que tem espírito de homem. Tem nada, só não descobriu ainda que uma MC não é qualquer mulherzinha.

A MC a-mou os looks da Suri Cruise. A fofura anda de salto aos 3 anos. "Diva, divinha", definiu.

sábado, outubro 24, 2009

Mulherzinha contemporânea

"Ah, o domingo é mesmo dos amantes... A sexta, dos solteiros." Em conversa internética, cada vez mais frequente em tempos quase-novembrescos, por um espécime de MC

Mulherzinha contemporânea _para compensar os dias sem postar

Antiquada, a MC faz a parte dela pela língua portuguesa e pelo dialeto da, salve-salve, pátria carioca. Pra ela, esse bem que podia ser o verão do #namorinhocarioca, do #domingodelicia, do #domingodeluxuria. E de dezembro a março, por favor.



Última palavra da tendência na moda fashion

O fim de ano se aproxima, e os habitantes de ipanema _ ou frequentadores das areias_ sabem que vai ter uma nova última moda, que o colunitsa sem graça vai dizer "esse foi o verão do..." etc etc etc. Eles até esperam um pouco por isso.

Confesso. Mais que de um helicóptero cair na minha cabeça, tenho medo de que esse, afinal, seja o verão do carioca summer com bolsa bag.

Vai combinar com as tortas de pecan pie _um pouco ruins, porque têm mais massa que recheio, até no nome_ que andam vendendo por aí, com as caixas box, muito mais caras, já que são caixas com garantia dupla ou com os espaços lounge, onde o pessoal pode relaxar, com espaço em dobro _deve ser pra obesos, né?

Deve ser um programa de governo para ensinar inglês instrumental à população até 2014. Para não pegar mal entre os vizinhos latinos radicais, os nossos substantivos ganham falsos-adjetivos: substantivos em inglês que tenham o exato significado das palavras que complementam. Se der certo, teremos uma população bilíngue e de tradutores simultâneos da própria fala (acho que o sindicato vai tentar segurar, mas não tem jeito. Se o Lula quiser, ele consegue).

Eu, que aprendi outras línguas à antiga e não tenho nem talento nem fluência para a tradução simultânea, sinto falta de quando os verões eram da tanga, do apito, da lata. Deve mesmo é ser inveja das futuras gerações, que serão alfabetizadas em inglês. Deve ser.



Mais mulherzinha

A MC soube pelo twitter que as amiguinhas paulistanas estão descobrindo o Yogoberry. SO LAST SUMMER, diria nossa querida MC, que fala em inglês e só.

É a última, rapazes

MC tinha decidido o biquini novo. Queria de bolinhas, mas a loja só vendia bolinha poá, aí ela achou que era bolinha demais pra um biquini só e vai comprar liso mesmo.
Dia do ídolo 2: ele te reconhece num café no Leblon.

terça-feira, outubro 20, 2009

Mulherzinha Contemporânea

A MC não aguentou o espírito consumista e comprou o Kindle mundial. Não dava pra ficar fora dessa, os fretes da amazon encarecem muito os livros.

O dia do ídolo

Fora Barbara Babi Heliodora, ídolos não são muito minha praia. Mas confesso que, redatora na grande imprensa, fiz uma materica que virou um alto de página espremido, mas que ele, o biógrafo dos grandes, ele que tinha uma coluna que me aproximava tanto de casa, ele leu. E repercutiu, e fez o dono do veículo da grande imprensa ler.

Pra variar, naquela semana que não queria mais lembrar que existiu, estava atrasada. Era o dia dele. Estava louca pra vê-lo falar. Nunca tinha visto. Mexia e remexia no que ele escrevia, mas nunca dissera um oizinho sequer.

Porque, para ele, São Paulo é uma merda.

Não levou os livros para autografar. Queria, mas não devia. Nem a coluna, nem, nem.

Suspiro, ai, que bom, nem tão atrasada. Ah, sim, dessa vez estava na Gávea e ele devia estar recebendo pra falar. Chance quase zero de ele desistir.

Ele sobe no palco, começa a falar.

Não contém as risadas, por tudo e por nada. Baixinho, discreta, olha o profissionalismo. Ainda duas falas e os olhos são dele. No caderninho, como ele reage, como ele se comporta, o que ele observa, em que momentos ele anota (ele anota!). Agradece a existência do gravador.

Que maravilha é a desculpa do "só mais uma coisa, que não ficou muito clara".

Delisgado o gravador, agradecimentos devidos feitos. Não aguentou, disse quem era, ajudou a falar mal de São Paulo, conversou uns minutos, fez da historieta ainda mais interessante e cheia de detalhes, tomou café e voltou ao trabalho.

O gravador, de novo, que bom que ele existe.

Ele tava ali do lado, olhando, de rabo de olho, as anotações.

segunda-feira, outubro 19, 2009

Mulherzinha contemporânea 2009

A MC baixou uma receita no smartphone, que não é iphone, porque o teclado touch é péssimo, e vai fazer um almoço delicioso. Por que ela quer.

para os que não entendem alemão: Foi lançada, daqueles lados, um revista de gastronomia voltada para o público masculino. O argumento: as mulheres cozinham porque precisam, os homens porque querem. AFE.

Twitter não é blog que não é livro

tarô, São Paulo, bicicleta, morte, volta, admissão, leito, banda larga móvel, livros, flaneur enclausurado, França, Alemanha, Bruxelas, lealdade, adiamentos, certidões, inventários, teraband cinza, Paraty, sequestro, São Paulo, arrependimentos, Belém, mestrados, o silêncio, Rio, pânico, fuga, perfume, #namorinhocarioca, Japão, momentos-delícia, @observatoriodacreuza, demissão, reportagens, fim, São Paulo, leviandade, domingo de luxúria (crédito ana hupe), planos, des-planos (pode inventar?), São Paulo, balé, ovos pochê, queijo, delegacia, papeis soltos, pão, expresso, Antuérpia, aviões, vinho branco, bicicleta, balé, jornais, astrologia, Grécia, São Paulo

2009 não vai passar em 140 caracteres. Mas não estaria no blog. É injusto com o alhures não passar por ele em 2009. Seria o título uma epopeia, no novo acordo, editada em papel bíblia, vendida a preços altíssimos. Jamais adaptável para o cinema, não ia dar tempo, o teatro precisaria do Zé Celso, em suas montagens intermináveis. Um quadro de Picasso daria conta. Um pavilhão da Sophie Calle também, mas esse ano não em Veneza.

aos imaginários: não sei se voltei, as ficções ainda não vêm pra cá.