quarta-feira, dezembro 26, 2007

Mulherzinha contemporânea XII
(uma para cada mês do ano)

A MC detesta correntes, maldições, superstições. Mas virada do ano é coisa séria: roupa branca, calcinha cor da pele com fitinha cor de rosa, sapato amarelo. E não pode ver uma possibilidade de má sorte, que quer logo espantar. Estou com ela e não abro.


Maldição dos blogues


A Clara passou a maldição. Lá vai:

"Um grupo de indígenas surgiu da cidade baixa em direção ao mercado, carregando enormes blocos de sal amarrados nas costas"
Só para fumantes, de Julio Ramón Ribeiro.

As regras:
1 - procurar um livro próximo;
2 - abri-lo na página 161;
3 - procurar a quinta frase completa;
4 - postá-la no seu blog;
5 - não escolher a melhor frase nem o melhor livro;
6 - repassar a outros cinco blogs.


Os amaldiçoados: Ana Hupe, Ciça (que não sei se lê), Mion (para inaugurar o rua do ouro), Selkie, Bernardo MF (só porque me obrigou a dar o endereço).

A frase:
O primeiro livro (Cenas Londrinas, Virginia Woolf) não chegava à pagina 161. O segundo também não chegava à tal 161 (A Arte do teatro: entre tradição e vanguarda. Meyerhold e a cena contemporânea), o terceiro mais próximo era a versão em espanhol do Ressurreição do Tolstói, achei que não valia. O quarto, um infanto-juvenil em outra língua nórdica, também não valia, o quinto, ia parecer que era só para me fazer de cool, até que cheguei a esse, na ponta da estante, porque tinha pegado ontem para uma referência de formatação.

Conclusões: Leio livros muito curtos e preciso parar de amontoar livros que não estou lendo na minha escrivaninha.

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Arte para crianças
Escrever é que nem segurar água com peneira.
Quem disse foi o Manoel de Barros

Mulherzinha Contemporânea XI

Mergulhada em Literatura, Graciliano Ramos e autobiografia, a MC esquece teorias, Infância, Cárcere e Caetés e se deixa encantar pelas cartas que ele escrevia para Heloisa Medeiros – que mais tarde viria a ser Heloisa Ramos, ou Ló. Cartas de amor: nada mais denunciador de estilo, nada mais autobiográfico, nada mais Mulherzinha! “Romantismo, minha querida Heloísa, romantismo, e ruim”. A MC morreu de inveja: quer romantismo ruim pra ela.