quarta-feira, novembro 22, 2006










Pílulas de felicidade.

É um gesto tão pequeno. Mas o mais bonito dos últimos tempos.

terça-feira, novembro 21, 2006

Pós - modernidade.

Os filósofos ficariam enlouquecidos com a manifestação do descolamento pós-moderno em que me insiro. Fragmentos, rupturas e falta de unidade é para quem quer os clichês. Baseada na teoria inaugurada pela técnica da colagem de Picasso e fazendo a aplicação da teoria da arte à vida cotidiana, eu tento entender Kant em duas horas com a Ivete Sangalo no quarto ao lado. Quero ver que iconoclasta ganha de mim.

sábado, novembro 18, 2006

"Konzentrationslager ist ein Lager, wo man Konzentration lernt."
Michael Degen, Nicht alle waren Mörder
Estou num campo de concentração. Até dezembro.

terça-feira, novembro 07, 2006


Dias melhores virão. Têm que vir




Milhares de quadradinhos coloridos com bilhetes,
bandeirinhas marcando partes essenciais de livros
essenciais, caneta, lapiseira, borracha, tela. A música
que costumava acalmar enlouquecendo e a nada
saudável sensação de plena burrice.



quarta-feira, novembro 01, 2006

Esse vem de outro blog, mas estou nesse momento. Leituras, e querendo voltar a aprender a ler...


Amigos Fiéis e Camaradas
Os coitadinhos são chamados de pais dos burros, só porque sabem muito. Todos têm nome de gente, o que pode realmente caracterizá-los como pais. Eu, que já tenho pai, e um só, porque aprendi em biologia na escola que só é preciso uma mãe e um pai pra formar uma pessoa, prefiro chamá-los de amigos. São amigos fiéis, muito fiéis. Às vezes confundem minha cabeça, mas quem não tem amigos assim? Acompanharam-me a vida toda, crescendo junto comigo...Quando eu estava aprendendo a ler, ele me explicava tudo com desenhos, palavras fáceis e ainda tinha nome de criança. Tinha os desenhos do meu autor favorito por muito tempo, que era o Ziraldo. O Ziraldo, além de ajudar esse meu amigo a explicar as palavras, me apresentou o Bichinho da Maçã, personagem que anda por aí, ajudando as crianças a lerem e, mais tarde, o Menino Maluquinho. E quem não é amigo do Menino Maluquinho?Um pouquinho, bem pouquinho, mais velha, ganhei outro amigo. Esse com nome de adulto – mas eu também já era chamada com meu nome de adulta: Era o Silveira Bueno. Ele cabia no bolso, não no meu, mas diziam que era pra caber, e ia comigo pra escola todos os dias. Me ensinou a pesquisar e a ler letras miúdas, além de milhares e milhares de palavras. Nunca me deixaram fazer as provas de português junto com ele, mas, tem coisas que a gente tem que fazer sozinho mesmo... Esse foi companheiro por muito tempo.Um dia fiquei crescida, precisava de outras palavras, outras explicações. Eu andava lendo livros difíceis, fazendo perguntas mais difíceis ainda, precisando escrever um monte de palavras que, ou eu não sabia como escrever, ou não sabia nem que existiam.Foi assim que fiquei amiga do Aurélio Buarque e do Antonio Houaiss. Nomes intimidantes, né? Trata-se de gente finíssima. Claro que sou muito chata e, às vezes, preciso fazer umas conferências com os dois e suas esposas ou namoradas: as Gramáticas. Não consigo guardar os nomes delas, mas sei que eles me ensinam a escrever e elas me ajudam a usar as palavras. Assim, vou formando umas frases, uns textinhos, fazendo meus trabalhos... Agora ninguém mais se importa de eu ficar junto deles. Até se orgulham.Por isso, minha gente, burro é quem não fala com esses camaradas: os dicionários. São os melhores amigos que alguém que quer escrever qualquer coisa na vida, seja um bilhete ou um romance, pode ter.

segunda-feira, outubro 23, 2006

Segunda estrela à direita e rumo ao amanhecer!!! Quem vem?

domingo, setembro 10, 2006

Serão dois posts de abertura. Este explica a escolha do nome quase impronunciável. Não é metidice não. Uma vez aprendida, Eichhörnchen é a melhor palavra de ser falada e escutada. Não pelo significado, mas pelo som. O significado nem é tão bom assim.
De herança, uma bicicleta.

Se conheciam há muito, mas sem a intimidade dos últimos tempos. Tinham uma história construída, com alguns (poucos) pontos convergentes. A história conjunta estava, na verdade, começando a se definir. Gostos nem tão parecidos assim, mas que se completavam. A proximidade e alguns planos. Era o que criava todo esse companheirismo. E, claro, a compreensão, as angústias, os sonhos, as alegrias: muito parecidos. As coisas pequenas, efêmeras e gostosas. Os cafés da madrugada, os queijos, o Roberto.
Foi-se. Nem uma última olhada pra trás depois do longo abraço. De herança ficou uma bicicleta, usada pra manter vivo o desejo das coisas pequenas, bonitas e gostosas. Ficou tudo bem, sempre fica.