Machista
Nem me venha com coração. Mulher tem é útero.
Foi a MC que disse, não eu.
sexta-feira, outubro 30, 2009
quinta-feira, outubro 29, 2009
Mulherzinha Contemporânea
A MC, no verão, adora ouvir o barulhinho do celular com uma mensagem bonita. Mas preferia mesmo ir ver o por do sol nos dias quentes.
No inverno é um pouco mais cedo
Naquela hora da tarde em que a luz é tanta na rua e tão pouca do lado de dentro, aquela hora em que todos ficam cegos e a vontade é ir pra casa, ficar em casa lendo um livro, em silêncio, tinha as maiores revelações. O maior medo, afinal, era do sempre inevitável e inescapável adeus _que seria obrigada a suportar outras tantas vezes. "Então, tá, vida que segue". É sensato, mas aperta forte.
A MC, no verão, adora ouvir o barulhinho do celular com uma mensagem bonita. Mas preferia mesmo ir ver o por do sol nos dias quentes.
No inverno é um pouco mais cedo
Naquela hora da tarde em que a luz é tanta na rua e tão pouca do lado de dentro, aquela hora em que todos ficam cegos e a vontade é ir pra casa, ficar em casa lendo um livro, em silêncio, tinha as maiores revelações. O maior medo, afinal, era do sempre inevitável e inescapável adeus _que seria obrigada a suportar outras tantas vezes. "Então, tá, vida que segue". É sensato, mas aperta forte.
terça-feira, outubro 27, 2009
Trilha sonora
Descobria-se, naquele instante, tardiamente, antimusical.
Não como João Cabral, que dizia não gostar da música e preferir o silêncio. Gostava da música, do ritmo, da melodia. Era até afinada para o que sabia.
Gostava mesmo de saber as palavras das letras. Tinha preferência pelas melodias, que sugeriam as palavras não ditas, que tinham uma fala ali, esperando para ser encaixada.
Quis livros com trilhas sonoras, mas não as saberia compor, muito menos escolher, só acompanhar, fechando os olhos, lenta, em alguns segundos.
Era, enfim, só palavras.
Descobria-se, naquele instante, tardiamente, antimusical.
Não como João Cabral, que dizia não gostar da música e preferir o silêncio. Gostava da música, do ritmo, da melodia. Era até afinada para o que sabia.
Gostava mesmo de saber as palavras das letras. Tinha preferência pelas melodias, que sugeriam as palavras não ditas, que tinham uma fala ali, esperando para ser encaixada.
Quis livros com trilhas sonoras, mas não as saberia compor, muito menos escolher, só acompanhar, fechando os olhos, lenta, em alguns segundos.
Era, enfim, só palavras.
sábado, outubro 24, 2009
Mulherzinha contemporânea
"Ah, o domingo é mesmo dos amantes... A sexta, dos solteiros." Em conversa internética, cada vez mais frequente em tempos quase-novembrescos, por um espécime de MC
Mulherzinha contemporânea _para compensar os dias sem postar
Antiquada, a MC faz a parte dela pela língua portuguesa e pelo dialeto da, salve-salve, pátria carioca. Pra ela, esse bem que podia ser o verão do #namorinhocarioca, do #domingodelicia, do #domingodeluxuria. E de dezembro a março, por favor.
Última palavra da tendência na moda fashion
O fim de ano se aproxima, e os habitantes de ipanema _ ou frequentadores das areias_ sabem que vai ter uma nova última moda, que o colunitsa sem graça vai dizer "esse foi o verão do..." etc etc etc. Eles até esperam um pouco por isso.
Confesso. Mais que de um helicóptero cair na minha cabeça, tenho medo de que esse, afinal, seja o verão do carioca summer com bolsa bag.
Vai combinar com as tortas de pecan pie _um pouco ruins, porque têm mais massa que recheio, até no nome_ que andam vendendo por aí, com as caixas box, muito mais caras, já que são caixas com garantia dupla ou com os espaços lounge, onde o pessoal pode relaxar, com espaço em dobro _deve ser pra obesos, né?
Deve ser um programa de governo para ensinar inglês instrumental à população até 2014. Para não pegar mal entre os vizinhos latinos radicais, os nossos substantivos ganham falsos-adjetivos: substantivos em inglês que tenham o exato significado das palavras que complementam. Se der certo, teremos uma população bilíngue e de tradutores simultâneos da própria fala (acho que o sindicato vai tentar segurar, mas não tem jeito. Se o Lula quiser, ele consegue).
Eu, que aprendi outras línguas à antiga e não tenho nem talento nem fluência para a tradução simultânea, sinto falta de quando os verões eram da tanga, do apito, da lata. Deve mesmo é ser inveja das futuras gerações, que serão alfabetizadas em inglês. Deve ser.
Mais mulherzinha
A MC soube pelo twitter que as amiguinhas paulistanas estão descobrindo o Yogoberry. SO LAST SUMMER, diria nossa querida MC, que fala em inglês e só.
É a última, rapazes
MC tinha decidido o biquini novo. Queria de bolinhas, mas a loja só vendia bolinha poá, aí ela achou que era bolinha demais pra um biquini só e vai comprar liso mesmo.
"Ah, o domingo é mesmo dos amantes... A sexta, dos solteiros." Em conversa internética, cada vez mais frequente em tempos quase-novembrescos, por um espécime de MC
Mulherzinha contemporânea _para compensar os dias sem postar
Antiquada, a MC faz a parte dela pela língua portuguesa e pelo dialeto da, salve-salve, pátria carioca. Pra ela, esse bem que podia ser o verão do #namorinhocarioca, do #domingodelicia, do #domingodeluxuria. E de dezembro a março, por favor.
Última palavra da tendência na moda fashion
O fim de ano se aproxima, e os habitantes de ipanema _ ou frequentadores das areias_ sabem que vai ter uma nova última moda, que o colunitsa sem graça vai dizer "esse foi o verão do..." etc etc etc. Eles até esperam um pouco por isso.
Confesso. Mais que de um helicóptero cair na minha cabeça, tenho medo de que esse, afinal, seja o verão do carioca summer com bolsa bag.
Vai combinar com as tortas de pecan pie _um pouco ruins, porque têm mais massa que recheio, até no nome_ que andam vendendo por aí, com as caixas box, muito mais caras, já que são caixas com garantia dupla ou com os espaços lounge, onde o pessoal pode relaxar, com espaço em dobro _deve ser pra obesos, né?
Deve ser um programa de governo para ensinar inglês instrumental à população até 2014. Para não pegar mal entre os vizinhos latinos radicais, os nossos substantivos ganham falsos-adjetivos: substantivos em inglês que tenham o exato significado das palavras que complementam. Se der certo, teremos uma população bilíngue e de tradutores simultâneos da própria fala (acho que o sindicato vai tentar segurar, mas não tem jeito. Se o Lula quiser, ele consegue).
Eu, que aprendi outras línguas à antiga e não tenho nem talento nem fluência para a tradução simultânea, sinto falta de quando os verões eram da tanga, do apito, da lata. Deve mesmo é ser inveja das futuras gerações, que serão alfabetizadas em inglês. Deve ser.
Mais mulherzinha
A MC soube pelo twitter que as amiguinhas paulistanas estão descobrindo o Yogoberry. SO LAST SUMMER, diria nossa querida MC, que fala em inglês e só.
É a última, rapazes
MC tinha decidido o biquini novo. Queria de bolinhas, mas a loja só vendia bolinha poá, aí ela achou que era bolinha demais pra um biquini só e vai comprar liso mesmo.
terça-feira, outubro 20, 2009
Mulherzinha Contemporânea
A MC não aguentou o espírito consumista e comprou o Kindle mundial. Não dava pra ficar fora dessa, os fretes da amazon encarecem muito os livros.
O dia do ídolo
Fora Barbara Babi Heliodora, ídolos não são muito minha praia. Mas confesso que, redatora na grande imprensa, fiz uma materica que virou um alto de página espremido, mas que ele, o biógrafo dos grandes, ele que tinha uma coluna que me aproximava tanto de casa, ele leu. E repercutiu, e fez o dono do veículo da grande imprensa ler.
Pra variar, naquela semana que não queria mais lembrar que existiu, estava atrasada. Era o dia dele. Estava louca pra vê-lo falar. Nunca tinha visto. Mexia e remexia no que ele escrevia, mas nunca dissera um oizinho sequer.
Porque, para ele, São Paulo é uma merda.
Não levou os livros para autografar. Queria, mas não devia. Nem a coluna, nem, nem.
Suspiro, ai, que bom, nem tão atrasada. Ah, sim, dessa vez estava na Gávea e ele devia estar recebendo pra falar. Chance quase zero de ele desistir.
Ele sobe no palco, começa a falar.
Não contém as risadas, por tudo e por nada. Baixinho, discreta, olha o profissionalismo. Ainda duas falas e os olhos são dele. No caderninho, como ele reage, como ele se comporta, o que ele observa, em que momentos ele anota (ele anota!). Agradece a existência do gravador.
Que maravilha é a desculpa do "só mais uma coisa, que não ficou muito clara".
Delisgado o gravador, agradecimentos devidos feitos. Não aguentou, disse quem era, ajudou a falar mal de São Paulo, conversou uns minutos, fez da historieta ainda mais interessante e cheia de detalhes, tomou café e voltou ao trabalho.
O gravador, de novo, que bom que ele existe.
Ele tava ali do lado, olhando, de rabo de olho, as anotações.
A MC não aguentou o espírito consumista e comprou o Kindle mundial. Não dava pra ficar fora dessa, os fretes da amazon encarecem muito os livros.
O dia do ídolo
Fora Barbara Babi Heliodora, ídolos não são muito minha praia. Mas confesso que, redatora na grande imprensa, fiz uma materica que virou um alto de página espremido, mas que ele, o biógrafo dos grandes, ele que tinha uma coluna que me aproximava tanto de casa, ele leu. E repercutiu, e fez o dono do veículo da grande imprensa ler.
Pra variar, naquela semana que não queria mais lembrar que existiu, estava atrasada. Era o dia dele. Estava louca pra vê-lo falar. Nunca tinha visto. Mexia e remexia no que ele escrevia, mas nunca dissera um oizinho sequer.
Porque, para ele, São Paulo é uma merda.
Não levou os livros para autografar. Queria, mas não devia. Nem a coluna, nem, nem.
Suspiro, ai, que bom, nem tão atrasada. Ah, sim, dessa vez estava na Gávea e ele devia estar recebendo pra falar. Chance quase zero de ele desistir.
Ele sobe no palco, começa a falar.
Não contém as risadas, por tudo e por nada. Baixinho, discreta, olha o profissionalismo. Ainda duas falas e os olhos são dele. No caderninho, como ele reage, como ele se comporta, o que ele observa, em que momentos ele anota (ele anota!). Agradece a existência do gravador.
Que maravilha é a desculpa do "só mais uma coisa, que não ficou muito clara".
Delisgado o gravador, agradecimentos devidos feitos. Não aguentou, disse quem era, ajudou a falar mal de São Paulo, conversou uns minutos, fez da historieta ainda mais interessante e cheia de detalhes, tomou café e voltou ao trabalho.
O gravador, de novo, que bom que ele existe.
Ele tava ali do lado, olhando, de rabo de olho, as anotações.
segunda-feira, outubro 19, 2009
Mulherzinha contemporânea 2009
A MC baixou uma receita no smartphone, que não é iphone, porque o teclado touch é péssimo, e vai fazer um almoço delicioso. Por que ela quer.
para os que não entendem alemão: Foi lançada, daqueles lados, um revista de gastronomia voltada para o público masculino. O argumento: as mulheres cozinham porque precisam, os homens porque querem. AFE.
Twitter não é blog que não é livro
tarô, São Paulo, bicicleta, morte, volta, admissão, leito, banda larga móvel, livros, flaneur enclausurado, França, Alemanha, Bruxelas, lealdade, adiamentos, certidões, inventários, teraband cinza, Paraty, sequestro, São Paulo, arrependimentos, Belém, mestrados, o silêncio, Rio, pânico, fuga, perfume, #namorinhocarioca, Japão, momentos-delícia, @observatoriodacreuza, demissão, reportagens, fim, São Paulo, leviandade, domingo de luxúria (crédito ana hupe), planos, des-planos (pode inventar?), São Paulo, balé, ovos pochê, queijo, delegacia, papeis soltos, pão, expresso, Antuérpia, aviões, vinho branco, bicicleta, balé, jornais, astrologia, Grécia, São Paulo
2009 não vai passar em 140 caracteres. Mas não estaria no blog. É injusto com o alhures não passar por ele em 2009. Seria o título uma epopeia, no novo acordo, editada em papel bíblia, vendida a preços altíssimos. Jamais adaptável para o cinema, não ia dar tempo, o teatro precisaria do Zé Celso, em suas montagens intermináveis. Um quadro de Picasso daria conta. Um pavilhão da Sophie Calle também, mas esse ano não em Veneza.
aos imaginários: não sei se voltei, as ficções ainda não vêm pra cá.
A MC baixou uma receita no smartphone, que não é iphone, porque o teclado touch é péssimo, e vai fazer um almoço delicioso. Por que ela quer.
para os que não entendem alemão: Foi lançada, daqueles lados, um revista de gastronomia voltada para o público masculino. O argumento: as mulheres cozinham porque precisam, os homens porque querem. AFE.
Twitter não é blog que não é livro
tarô, São Paulo, bicicleta, morte, volta, admissão, leito, banda larga móvel, livros, flaneur enclausurado, França, Alemanha, Bruxelas, lealdade, adiamentos, certidões, inventários, teraband cinza, Paraty, sequestro, São Paulo, arrependimentos, Belém, mestrados, o silêncio, Rio, pânico, fuga, perfume, #namorinhocarioca, Japão, momentos-delícia, @observatoriodacreuza, demissão, reportagens, fim, São Paulo, leviandade, domingo de luxúria (crédito ana hupe), planos, des-planos (pode inventar?), São Paulo, balé, ovos pochê, queijo, delegacia, papeis soltos, pão, expresso, Antuérpia, aviões, vinho branco, bicicleta, balé, jornais, astrologia, Grécia, São Paulo
2009 não vai passar em 140 caracteres. Mas não estaria no blog. É injusto com o alhures não passar por ele em 2009. Seria o título uma epopeia, no novo acordo, editada em papel bíblia, vendida a preços altíssimos. Jamais adaptável para o cinema, não ia dar tempo, o teatro precisaria do Zé Celso, em suas montagens intermináveis. Um quadro de Picasso daria conta. Um pavilhão da Sophie Calle também, mas esse ano não em Veneza.
aos imaginários: não sei se voltei, as ficções ainda não vêm pra cá.
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