Paris, je t´aime.
Era certinha, muito certinha. Programava, executava. Tinha razões e objetivos para estar nos lugares. Mas com Paris tudo era diferente. A cidade, costumava dizer, tinha um ar de consolo. Paris consolava. Paris era por si. Paris era o motivo de se estar lá. E era. Descobriu isso depois de se deixar ir ao fundo de si mesma, depois de se deixar encontrar as próprias trevas e sair para passear, sem rumo. Olhou para os lados e lembrou que estava em Paris, que morava lá. E que estava pela primeira vez em um lugar pelo lugar, por nada mais. As lágrimas secaram: nenhum caso de amor seria maior do que aquele.